quarta-feira, 24 de maio de 2017

Lição 9 - A bondade divina e a regra de ouro

                  Lição 9 - A bondade divina e a regra de ouro


  1. 1. TEXTO DO DIA "E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira fazei- lhes vós também." (Lc 6.31)
  2. 2. SÍNTESE A bondade divina é infinitamente maior que a que os homens demonstram aos seus filhos. Mesmo assim, somos ensinados a fazer aos outros àquilo que gostaríamos que fizessem a nós.
  3. 3. TEXTO BÍBLICO Mateus 7.7-12
  4. 4. 7 Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e abrir- se-vos-á. 8 Porque aquele que pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que bate, se abre. 9 E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? 10 E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? 11 Se, vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem? 12 Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.

  5. 5. INTRODUÇÃO
  6. 6. INTRODUÇÃO • Jesus retoma os ensinos acerca da ansiedade pela vida (Mt 6.25-34). • Entretanto, agora o coloca de forma implícita em forma de orientação a respeito da "frequência" com que se deve orar (vv.7,8). • A confiança no Pai é ensinada com base na própria bondade humana que, como se sabe, é limitadíssima (vv.9-11). • Um dos textos mais populares e que é repetido até mesmo por pessoas que não creem em Deus: a regra de ouro é apresentada pelo Mestre como síntese da Lei (v.12).

  7. 7. I - PEDIR, BUSCAR E BATER
  8. 8. 1. A vida orante • Jesus se dirige aos seus discípulos (judeus) para ensinar acerca da justiça do Reino. • A abnegação e a confiança são características dos verdadeiros seguidores de Jesus (Mt 6.25-34) e a oração deve ser constante em sua vida (v.7). • A constância aqui nada tem com as vãs repetições (Mt 6.7,8,32,33). • A questão visada não é algo circunstancial, mas perene e profundamente espiritual indo além das necessidades básicas que já são conhecidas pelo Pai (Lc 11.9-13). AP – Como está a sua vida de oração e comunhão com Deus?
  9. 9. 2. "Pedi", "buscai" e "batei". • Por meio de três verbos, o Mestre ensina acerca da constância na oração: "Pedi", "buscai" e "batei" (v.1). • São ações e não meramente contemplações: • Pedir – reconhecimento da necessidade – humildade - (Mt 15.21-28). • Buscar - reconhecimento de que há algo mais que precisa ser encontrado, obtido. A não aceitação de um estado de apatia espiritual e de falta de comunhão (Jr 29.11-14); • Bater – reconhecimento que depende da benevolência e da sensibilidade de quem está do "lado de dentro". Portanto, precisa contar com tal confiança (At 12.16; Ap 3.20). AP – Você tem pedido, buscado e batido? Ou tem confiado em sua própria força?
  10. 10. 3. Receber, encontrar e abrir • Pedir, buscar e bater = significa confiar que "aquele que pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que bate, se abre" (v.8). • Adotar esse estilo de vida orante, significa manter-se em um estado de perpétuo reconhecimento. • Este estilo deve ser em todos momentos e circunstâncias da vida. • Isto significa reconhecer a total dependência que temos do Criador (At 17.24-28). AP – Em quais momentos de sua vida você busca a Deus? Mantenha uma vida orante constante!
  11. 11. PENSE Com os afazeres da vida, o envolvimento on-line quase que 24 horas, você acha possível adotar um estilo de vida orante?
  12. 12. PONTO IMPORTANTE A petição do estilo de vida orante não se restringe às necessidades básicas e, muito menos, a desejos caprichosos e individualistas, mas é um reconhecimento da nossa dependência divina.

  13. 13. II - A BONDADE DIVINA E A MALDADE HUMANA
  14. 14. 1. O amor paternal humano • A figura paterna para demonstrar o quanto se pode confiar em Deus. • Qual pai, em sã consciência, ao pedido de alimento do filho lhe dará uma pedra (vv.9,10). • Qualquer pai, em condições normais, cuida do filho e quer o melhor para ele (Lc 15.11-32). • Jesus apresenta Deus como um pai. Todavia, é importante frisar que o melhor para o filho, ás vezes, significa não dar o que o filho está pedindo. AP – Deus é pai, Ele está atendo às suas necessidades. Você tem conversado com ele sobre tudo?
  15. 15. 2. A maldade inata do ser humano • Apesar de este não ser o propósito do ensino do Mestre, Ele reitera uma doutrina cara da fé cristã que é o fato de a humanidade ser pecadora por natureza (Gn 3; Rm 5.12). • Biblicamente, os atos de bondade que somos capazes de exercer não nos tornam bons, pois somos maus (v.11). • Todavia, sob o Espírito Santo, nossa natureza fica sob controle. AP – Você tem buscado controlar a maldade “que está dentro de você”?
  16. 16. 3. A infinita bondade divina • A bondade divina é infinitamente maior do que a bondade paternal humana (v.11). • Se os seres humanos, sendo maus, tem capacidade de dar coisas boas aos nossos filhos, que dirá Deus, que é infinitamente bondoso (1 Jo 4.8). • Dessa forma, a pergunta do versículo 11 é retórica, pois é claro que Deus é indiscutivelmente mais digno da nossa confiança. • Deus é bom para todos, independentemente das circunstâncias (Sl 118.1; Is 49.15,16; Lc 18.19; Mt 5.44,45). AP – Você é grato pela infinita bondade de Deus?
  17. 17. PENSE Como os pais "normais" comportam-se diante dos pedidos egoístas dos filhos?
  18. 18. PONTO IMPORTANTE O discípulo não é como os pagãos que não possuem entendimento algum sobre Deus. Por isso, seus pedidos precisam ser conscientes e nunca individualistas e egoístas.

  19. 19. III - A REGRA DE OURO E A COMPLETUDE DA LEI
  20. 20. 1. A regra de ouro • "Não faça aos outros, o que não queres que façam a ti" • Ditado, na forma negativa, difundido no mundo antigo. • Na forma positiva (v.12), alguns autores atribuem como criação de Jesus. • Entretanto, pesquisas realizadas no campo da literatura greco-romana e rabínica, demonstram sua existência em outros lugares e cultura. AP – Fazer ao outros para receber o mesmo tratamento é uma atitude interesseira? É possível nos aproximarmos na atitude de Deus, fazer sem pensar no retorno?
  21. 21. 2. A novidade da regra de ouro em Jesus • Como qualquer ditado que, devido ao seu uso popular, tende a se tornar um chavão desgastado e raramente praticado • Jesus surpreende ao relacionar a regra de ouro àquilo que era mais caro aos judeus: as Escrituras Veterotestamentárias (v.12). • Nesse sentido, uma vez mais o Mestre demonstra que não veio para "pisar" na Lei, e sim dar-lhe pleno sentido e cumprimento (Mt 5.17). AP – Para você, a regra de ouro está desgastada? Você tem pensado antes de agir com o seu próximo?
  22. 22. 3. A Lei e os Profetas • Jesus acrescenta à regra de ouro que o seu cumprimento correspondia a viver integralmente a "Lei e os Profetas". • Na época de Jesus, os religiosos evidenciavam seus esforços na discussão teórica em torno de minúcias da Lei. Jesus demonstra que isso de nada valia. • Jesus ensina que o agir em amor, o fazer (praticar, realizar) aos outros aquilo que gostaríamos que fizessem a nós é o cumprimento da lei. • Esta sim era uma atitude que significava viver, integralmente, o que ensinava a Lei e os Profetas (Mt 22.34-40). AP – Você vive uma espiritualidade de teoria ou de prática?
  23. 23. PENSE Você realmente faz aos outros àquilo que gostaria que fizessem a você?
  24. 24. PONTO IMPORTANTE Uma vez mais o Mestre ensina que a vontade de Deus não é contemplação, mas ação. Saber sobre a Lei e os Profetas não é tão importante quanto cumprir o que lá está escrito, isto é, amar e agir como gostaríamos que agissem conosco.

  25. 25. CONSIDERAÇÕES FINAIS
  26. 26. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nesta lição nos aprendemos que: 1. Pedir, buscar e bater são atitudes que indicam reconhecimento de que se está necessitado e de que há falta de algo. Além disso, a confiança que Deus é poderoso para suprir nossas necessidades. 2. Jesus utiliza a figura paternal humana para demonstrar a bondade infinita de Deus. 3. Jesus ensina que fazer aos outros primeiro o que gostaríamos que fosse feito a nós significa cumprir o que está na Lei e nos Profetas.
  27. 27. REFERÊNCIAS BORNKAMM, G. Bíblia, Novo Testamento. Introdução aos seus escritos no quadro da história do cristianismo primitivo. 3ª ed. São Paulo: Teológica, 2003. CARVALHO, César Moisés. O Sermão do Monte: A Justiça sob a Ótica de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017 COMENTÁRIO BÍBLICO BEACON. Rio de Janeiro: CPAD, 2005. DEVER, M. A Mensagem do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. CULLMANN, O. Cristo e o Tempo. Tempo e história no cristianismo primitivo. São Paulo: Custom, 2003. DICIONÁRIO BÍBLICO WYCLIFF. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. GARLOW, James L. Deus e o seu Povo: A História da Igreja como Reino de Deus.Rio de Janeiro: CPAD, 2007. GOPPELT, L. Teologia do Novo Testamento. 3ª ed. São Paulo: Teológica, 2003. LIÇÕES BÍBLICAS JOVENS. O Sermão do Monte: A Justiça sob a Ótica de Jesus. 2º Trim, Edição Professor, Rio de Janeiro, 2017.

  28. 28. REFERÊNCIAS KÜMMEL, W. G. Síntese Teológica do Novo Testamento. 4ª ed. São Paulo: Teológica, 2003. KÜMMEL, W. G. Introdução ao Novo Testamento. 4ª ed. São Paulo: Paulus, 2009. NEVES, Natalino das. Educação Cristã Libertadora. São Paulo: Fonte Editorial, 2013. NEVES, Natalino das. Justiça e Graça: um estudo da doutrina da salvação na Epístola aos Romanos. Rio de Janeiro: CPAD, 2015. PAGOLA, J. A. Jesus: aproximação histórica. 3ª ed. Petrópolis: Vozes, 2011. PALMER, Michael D. (Ed.). Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001. RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012 RICHARDS, Lawrence. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007. TENNEY, Merrill C. Tempos do Novo Testamento. RJ: CPAD, 2010.

  29. 29. Pr. Natalino das Neves www.natalinodasneves.blogspot.com.br Facebook: www.facebook.com/natalino.neves Contatos: natalino6612@gmail.com (41) 98409 8094 (TIM)     

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