quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Subsídio Lição 3 - O batismo de Jesus



PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2018
Jovens: SEU REINO NÃO TERÁ FIM: Vida e obra de Jesus segundo o Evangelho de Mateus
COMENTARISTA: NATALINO DAS NEVES
COMENTÁRIO: EV. JOSÉ LUCAS NETO

LIÇÃO Nº 3 – O BATISMO DE JESUS

INTRODUÇÃO
O Evangelho de Jesus segundo escreveu Mateus registra o batismo de Jesus inaugurando a consecução pragmática do ministério de Cristo em ensinar e pregar sobre o reino de Deus, além de curar os enfermos, culminando com a salvação da humanidade através de seu sacrifício na cruz do Calvário.
Nesta lição estudaremos sobre o batismo de Jesus, considerando o batismo judaico, o batismo de João Batista, os batismos realizados por Jesus, o batismo cristão nas águas, finalizando com a posição de que o batismo nas águas não é o pré-requisito para a salvação e vida eterna.

1. O BATISMO JUDAICO
Antes da consolidação do batismo nas águas realizado por João Batista, os judaizantes praticavam um batismo nas águas dos prosélitos (gentios convertidos ao judaísmo) que em sua essência promovia a libertação dos batizados da prática da idolatria e do paganismo. Este batismo consistia na própria imersão da pessoa em água, enquanto dois ministros judaicos recitavam textos da "Torah" (o Pentateuco), de tal modo que, a partir do seu batismo conforme a liturgia judaica, o batizado ficava obrigado a obedecer e praticar os preceitos da Lei.

2. O BATISMO REALIZADO POR JOÃO BATISTA
João Batista, filho de Zacarias e Isabel, foi profetizado pelo profeta Isaías como aquele que clamaria no deserto com a sua voz preparando o caminho para a vinda do Senhor Jesus, o Messias prometido para a salvação da humanidade. (Is 40:3-5) João Batista ao iniciar seu ministério apresentou uma postura separatista do judaísmo e acreditam muitos estudiosos e historiadores bíblicos que ele tinha uma aproximação com o chamado grupo religioso denominado essênios, grupo este que vivia isolado no deserto e das comunidades urbanas, utilizando indumentárias de pêlos de camelo e alimentação a base de gafanhotos e mel silvestre. (Mt 3:1-4) João Batista conclamava a que todos se arrependessem dos seus pecados e se batizassem nas águas do rio Jordão para remissão de seus pecados e abertura de um novo Caminho, diferente da religião judaica que preceituava ritos e valores, tais como, a mera filiação em Abraão e a circuncisão como fatores essenciais para a salvação. O profeta que clama no deserto criticou duramente os fariseus e saduceus judaicos, inclusive, denominando-os como raça de víboras, e ao mesmo tempo, conclamou-os a que produzissem frutos dignos de arrependimento, pois, a justiça de Deus estava bem próxima para punir aos que não produzem bons frutos, inclusive o de arrependimento dos pecados. (Mt 3:5-10; Lc 3:7-14)
João Batista, aquele que não era o profeta Elias, mas tinha a sua postura espiritual, no mesmo espírito do profeta Elias, anuncia que o seu batismo não era apenas realizar uma separação com o sistema religioso judaico da época, mas também, além de apontar um novo Caminho para a salvação e postura espiritual, o de confirmar que o batismo realizado por ele nas águas para remissão dos pecados precedia o Batismo com o Espírito Santo e com fogo a ser realizado por Jesus Cristo, o Filho de Deus, enviado pelo Senhor para a salvação da humanidade. (Mt 3:11-12)

3. O BATISMO DE JESUS NAS ÁGUAS DO RIO JORDÃO
Apesar de uma inicial resistência de João Batista em batizar Jesus Cristo por entender que Ele não tem pecado e é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, demonstrado pelo próprio João Batista que ele não era digno de nem atar as sandálias dos pés de Jesus, quanto ao mais batizá-lo, e na verdade ele é que deveria ser batizado por Jesus, O Senhor Jesus fez questão que se cumprisse a Lei.(Mt 3:13-15; Jo 1:19-31; )
Neste contexto, Jesus foi batizado por João Batista nas águas do rio Jordão, não pelo motivo de arrependimento e remissão de pecados, mas para anunciar publicamente, o início do ministério terrenal de Jesus para salvar a humanidade, ratificado pelo testemunho da aparição sobrenatural do Espírito Santo, tipificado em uma pomba, e pela voz advinda dos céus de Deus Pai que disse: "Este é o meu Filho amado em quem me comprazo". Assim inicia-se o ministério de Jesus, o cristianismo, um novo governo da humanidade que não terá fim com poder e glória superior a qualquer governo humano natural ou governo de falsos deuses sobrenaturais. (Mt 3:16-17).

4. O BATISMO REALIZADO POR JESUS
João Batista anunciou que Jesus Cristo batizaria os pecadores arrependidos com o Espírito Santo e com fogo. Logo, o que significa batizar com o Espírito Santo e com fogo?

4.1.O BATISMO SALVÍFICO DO ESPÍRITO SANTO
É a promessa de Deus em que o Espírito Santo entra no coração de uma pessoa pela pregação da Palavra de Deus, e pelo despertar de sua fé, e a transforma inteiramente quanto aos seus valores morais e éticos, e segundo o reconhecimento desta pessoa de ser um pecador e necessitar da salvação em Cristo, vindo então, a sua conversão e regeneração, o Espírito Santo lhe transmite uma nova natureza divina e passa a habitar dentro desta pessoa. Este batismo salvífico é espiritual e tipifica o selo do Espírito Santo na alma do pecador arrependido.(Ez 36:26-27; Rm 10:8-17;Jo 20:19-22; Ef 1:13: Ef 4:30; 1 Co 3:16-17).

4.2. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
É um ato invisível e realizado somente por Jesus, sendo um presente de Deus dado a uma pessoa temente ao Senhor, não como prêmio a um merecimento, mas a uma virtude do próprio Senhor em conceder esta bênção e não daquele que recebe, sendo o batismo no Espírito Santo em sua essência um revestimento de poder de modo a capacitar o crente em Jesus a ser uma intrépida testemunha de Cristo em todo o mundo e realizar a sua missão para a edificação e aperfeiçoamento dos santos. (Lc 24:44-49;At 1:6-8)

4.3. O BATISMO COM FOGO
Este batismo é entendido como o julgamento final que Jesus vai realizar em sua 2ª vinda ao planeta terra, pois, em sua 1ª vinda Jesus veio salvar a humanidade, porém, em 2ª vinda virá para julgar destinando os salvos para vida eterna no céu e os perdidos para os sofrimentos eternos, ou seja, a morte eterna no lago de fogo e enxofre conhecido como "Geena". (Ap 20:11-15)

5. O BATISMO CRISTÃO NAS ÁGUAS
5.1. ETIMOLOGIA DA PALAVRA BATISMO
Oriunda da palavra grega "bapto" ou "baptizo", o batismo nas águas significa "fazer mergulhar na água" caracterizando uma total imersão do corpo inteiro de uma pessoa pelo ato de entrar e sair da água.

5.2.DEFINIÇÃO DE BATISMO NAS ÁGUAS
Esta ordenança é o primeiro mandamento ritual do Senhor Jesus dada a igreja que praticamente marca o início da vida cristã de uma pessoa, sendo normalmente realizado por imersão total do corpo nas águas, onde ao submergir o velho homem pecador é sepultado e ao emergir este é purificado surgindo um novo homem em Cristo que ratifica a sua confissão pública de fé em Jesus como Salvador e Senhor de sua vida diante de Deus e dos homens. (Mt 28:18-20)

5.3.SIGNIFICADO DO BATISMO NAS ÁGUAS
O batismo nas águas carrega em seu bojo um significado importante na vida espiritual de um crente em Jesus, pois, no momento do batismo por imersão nas águas, espiritualmente demonstramos de forma materializada que ao submergirmos no leito da água batismal somos sepultados com Cristo morrendo o velho homem pecador e sequencialmente quando emergimos ressuscitamos com Cristo na condição de um novo homem sendo incluído no corpo de Cristo (a igreja universal) evidenciando um caráter moral e espiritual segundo a imagem e semelhança do Senhor Jesus na condição de salvo e com posse da vida eterna.(Rm 6:3-11)

6.O BATISMO NAS ÁGUAS NÃO É UM SACRAMENTO
Muitas correntes teológicas acreditam que o batismo nas águas é um sacramento, ou seja, algo santo, sagrado e consagrado e que é indispensável para o processo da salvação e creem a partir de textos bíblicos que aparentemente nos induz a entender isto, entretanto, em sua essência estes textos tem significado diferente desta ótica primitiva. Dentre os mais contundentes está o do Evangelho de Jesus segundo escreveu Marcos 16:16 que diz: ¨ Quem crer e for batizado será salvo, quem porém, não crer será condenado".
Ao contrário do que se possa pensar, o batismo nas águas, não é pré-requisito para a salvação, porque se assim o fosse estaríamos agregando ao sacrifício de Cristo um rito simbólico para a salvação, isto quer dizer, o sacrifício do sangue de Jesus derramado na cruz não era suficiente para a salvação. Este texto registrado em Marcos traz em seu bojo apenas o entendimento de que uma vez que fomos remidos de nossos pecados então nos batizamos como obediência a uma ordenança do Senhor Jesus.Por sermos salvos nos batizamos nas águas para obedecer na qualidade de servos uma ordem do Senhor e não nos batizamos para sermos salvos, senão, estaríamos retrocedendo aos preceitos do judaísmo que apoiavam a salvação a agregação de ritos contestados veemente pelo Apóstolo Paulo, pois, a nossa justificação diante de Deus se dá exclusivamente pela fé em Jesus. (Rm 2:21-31)

7. CONCLUSÃO
O Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus nos apresenta o batismo nas águas como um rito simbólico da união do pecador arrependido com Cristo em sua morte e ressurreição, tipificando uma purificação visível que estabelece uma confissão pública diante de Deus, do ministro do Senhor e das testemunhas oculares de que só em Jesus é que obtemos a salvação e vida eterna. Shalom Adonai !



Fonte: https://proflucasneto.files.wordpress.com/2018/01/notas_1t_2018_jovens_lic3a7c3a3o-3_o-batismo-de-jesus.pdf Acesso em 15 jan. 2018

http://www.portalebd.org.br/classes/jovens/1613-licao-3-o-batismo-de-jesus-iv