Lição 9 - A bondade divina e a regra de ouro
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1.
TEXTO DO DIA
"E como vós quereis que os homens
vos façam, da mesma maneira fazei-
lhes vós também."
(Lc 6.31)
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2.
SÍNTESE
A bondade divina é
infinitamente maior que a que
os homens demonstram aos
seus filhos. Mesmo assim,
somos ensinados a fazer aos
outros àquilo que gostaríamos
que fizessem a nós.
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3.
TEXTO BÍBLICO
Mateus 7.7-12
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4.
7 Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e abrir-
se-vos-á.
8 Porque aquele que pede recebe; e o que busca encontra;
e, ao que bate, se abre.
9 E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu
filho, lhe dará uma pedra?
10 E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente?
11 Se, vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos
vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará
bens aos que lhe pedirem?
12 Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos
façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os
profetas.
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5.
INTRODUÇÃO
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6.
INTRODUÇÃO
• Jesus retoma os ensinos acerca da ansiedade pela vida
(Mt 6.25-34).
• Entretanto, agora o coloca de forma implícita em forma
de orientação a respeito da "frequência" com que se
deve orar (vv.7,8).
• A confiança no Pai é ensinada com base na própria
bondade humana que, como se sabe, é limitadíssima
(vv.9-11).
• Um dos textos mais populares e que é repetido até
mesmo por pessoas que não creem em Deus: a regra de
ouro é apresentada pelo Mestre como síntese da Lei
(v.12).
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7.
I - PEDIR, BUSCAR E
BATER
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8.
1. A vida orante
• Jesus se dirige aos seus discípulos (judeus) para
ensinar acerca da justiça do Reino.
• A abnegação e a confiança são características dos
verdadeiros seguidores de Jesus (Mt 6.25-34) e a oração
deve ser constante em sua vida (v.7).
• A constância aqui nada tem com as vãs repetições (Mt
6.7,8,32,33).
• A questão visada não é algo circunstancial, mas perene e
profundamente espiritual indo além das necessidades
básicas que já são conhecidas pelo Pai (Lc 11.9-13).
AP – Como está a sua vida de oração e comunhão com
Deus?
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9.
2. "Pedi", "buscai" e "batei".
• Por meio de três verbos, o Mestre ensina acerca da
constância na oração: "Pedi", "buscai" e "batei" (v.1).
• São ações e não meramente contemplações:
• Pedir – reconhecimento da necessidade – humildade - (Mt
15.21-28).
• Buscar - reconhecimento de que há algo mais que precisa ser
encontrado, obtido. A não aceitação de um estado de apatia
espiritual e de falta de comunhão (Jr 29.11-14);
• Bater – reconhecimento que depende da benevolência e da
sensibilidade de quem está do "lado de dentro". Portanto,
precisa contar com tal confiança (At 12.16; Ap 3.20).
AP – Você tem pedido, buscado e batido? Ou tem
confiado em sua própria força?
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10.
3. Receber, encontrar e abrir
• Pedir, buscar e bater = significa confiar que "aquele que
pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que bate, se
abre" (v.8).
• Adotar esse estilo de vida orante, significa manter-se em
um estado de perpétuo reconhecimento.
• Este estilo deve ser em todos momentos e circunstâncias
da vida.
• Isto significa reconhecer a total dependência que temos
do Criador (At 17.24-28).
AP – Em quais momentos de sua vida você busca a
Deus? Mantenha uma vida orante constante!
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11.
PENSE
Com os afazeres da vida, o
envolvimento on-line quase
que 24 horas, você acha
possível adotar um estilo de
vida orante?
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12.
PONTO IMPORTANTE
A petição do estilo de vida
orante não se restringe às
necessidades básicas e, muito
menos, a desejos caprichosos
e individualistas, mas é um
reconhecimento da nossa
dependência divina.
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13.
II - A BONDADE
DIVINA E A MALDADE
HUMANA
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14.
1. O amor paternal humano
• A figura paterna para demonstrar o quanto se pode
confiar em Deus.
• Qual pai, em sã consciência, ao pedido de alimento do
filho lhe dará uma pedra (vv.9,10).
• Qualquer pai, em condições normais, cuida do filho e
quer o melhor para ele (Lc 15.11-32).
• Jesus apresenta Deus como um pai. Todavia, é
importante frisar que o melhor para o filho, ás vezes,
significa não dar o que o filho está pedindo.
AP – Deus é pai, Ele está atendo às suas necessidades.
Você tem conversado com ele sobre tudo?
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15.
2. A maldade inata do ser humano
• Apesar de este não ser o propósito do ensino do Mestre,
Ele reitera uma doutrina cara da fé cristã que é o fato de
a humanidade ser pecadora por natureza (Gn 3; Rm
5.12).
• Biblicamente, os atos de bondade que somos capazes de
exercer não nos tornam bons, pois somos maus (v.11).
• Todavia, sob o Espírito Santo, nossa natureza fica sob
controle.
AP – Você tem buscado controlar a maldade “que está
dentro de você”?
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16.
3. A infinita bondade divina
• A bondade divina é infinitamente maior do que a
bondade paternal humana (v.11).
• Se os seres humanos, sendo maus, tem capacidade de
dar coisas boas aos nossos filhos, que dirá Deus, que é
infinitamente bondoso (1 Jo 4.8).
• Dessa forma, a pergunta do versículo 11 é retórica, pois é
claro que Deus é indiscutivelmente mais digno da nossa
confiança.
• Deus é bom para todos, independentemente das
circunstâncias (Sl 118.1; Is 49.15,16; Lc 18.19; Mt
5.44,45).
AP – Você é grato pela infinita bondade de Deus?
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17.
PENSE
Como os pais "normais"
comportam-se diante dos
pedidos egoístas dos filhos?
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18.
PONTO IMPORTANTE
O discípulo não é como os
pagãos que não possuem
entendimento algum sobre
Deus. Por isso, seus pedidos
precisam ser conscientes e
nunca individualistas e
egoístas.
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19.
III - A REGRA DE
OURO E A
COMPLETUDE DA LEI
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20.
1. A regra de ouro
• "Não faça aos outros, o que não queres que façam a ti"
• Ditado, na forma negativa, difundido no mundo antigo.
• Na forma positiva (v.12), alguns autores atribuem como
criação de Jesus.
• Entretanto, pesquisas realizadas no campo da literatura
greco-romana e rabínica, demonstram sua existência em
outros lugares e cultura.
AP – Fazer ao outros para receber o mesmo tratamento é
uma atitude interesseira?
É possível nos aproximarmos na atitude de Deus, fazer sem
pensar no retorno?
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21.
2. A novidade da regra de ouro em Jesus
• Como qualquer ditado que, devido ao seu uso popular,
tende a se tornar um chavão desgastado e raramente
praticado
• Jesus surpreende ao relacionar a regra de ouro àquilo
que era mais caro aos judeus: as Escrituras
Veterotestamentárias (v.12).
• Nesse sentido, uma vez mais o Mestre demonstra que
não veio para "pisar" na Lei, e sim dar-lhe pleno sentido
e cumprimento (Mt 5.17).
AP – Para você, a regra de ouro está desgastada? Você
tem pensado antes de agir com o seu próximo?
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22.
3. A Lei e os Profetas
• Jesus acrescenta à regra de ouro que o seu cumprimento
correspondia a viver integralmente a "Lei e os Profetas".
• Na época de Jesus, os religiosos evidenciavam seus
esforços na discussão teórica em torno de minúcias da
Lei. Jesus demonstra que isso de nada valia.
• Jesus ensina que o agir em amor, o fazer (praticar,
realizar) aos outros aquilo que gostaríamos que fizessem
a nós é o cumprimento da lei.
• Esta sim era uma atitude que significava viver,
integralmente, o que ensinava a Lei e os Profetas (Mt
22.34-40).
AP – Você vive uma espiritualidade de teoria ou de
prática?
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23.
PENSE
Você realmente faz aos outros
àquilo que gostaria que
fizessem a você?
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24.
PONTO IMPORTANTE
Uma vez mais o Mestre ensina que a
vontade de Deus não é
contemplação, mas ação. Saber
sobre a Lei e os Profetas não é tão
importante quanto cumprir o que lá
está escrito, isto é, amar e agir como
gostaríamos que agissem conosco.
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25.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
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26.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta lição nos aprendemos que:
1. Pedir, buscar e bater são atitudes que indicam
reconhecimento de que se está necessitado e de que há
falta de algo. Além disso, a confiança que Deus é
poderoso para suprir nossas necessidades.
2. Jesus utiliza a figura paternal humana para demonstrar a
bondade infinita de Deus.
3. Jesus ensina que fazer aos outros primeiro o que
gostaríamos que fosse feito a nós significa cumprir o que
está na Lei e nos Profetas.
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27.
REFERÊNCIAS
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da história do cristianismo primitivo. 3ª ed. São Paulo: Teológica, 2003.
CARVALHO, César Moisés. O Sermão do Monte: A Justiça sob a Ótica de Jesus. Rio
de Janeiro: CPAD, 2017
COMENTÁRIO BÍBLICO BEACON. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
DEVER, M. A Mensagem do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
CULLMANN, O. Cristo e o Tempo. Tempo e história no cristianismo primitivo. São
Paulo: Custom, 2003.
DICIONÁRIO BÍBLICO WYCLIFF. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
GARLOW, James L. Deus e o seu Povo: A História da Igreja como Reino de Deus.Rio
de Janeiro: CPAD, 2007.
GOPPELT, L. Teologia do Novo Testamento. 3ª ed. São Paulo: Teológica, 2003.
LIÇÕES BÍBLICAS JOVENS. O Sermão do Monte: A Justiça sob a Ótica de Jesus. 2º
Trim, Edição Professor, Rio de Janeiro, 2017.
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28.
REFERÊNCIAS
KÜMMEL, W. G. Síntese Teológica do Novo Testamento. 4ª ed. São Paulo: Teológica,
2003.
KÜMMEL, W. G. Introdução ao Novo Testamento. 4ª ed. São Paulo: Paulus, 2009.
NEVES, Natalino das. Educação Cristã Libertadora. São Paulo: Fonte Editorial, 2013.
NEVES, Natalino das. Justiça e Graça: um estudo da doutrina da salvação na Epístola
aos Romanos. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.
PAGOLA, J. A. Jesus: aproximação histórica. 3ª ed. Petrópolis: Vozes, 2011.
PALMER, Michael D. (Ed.). Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD,
2001.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a
Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012
RICHARDS, Lawrence. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de
Janeiro: CPAD, 2007.
TENNEY, Merrill C. Tempos do Novo Testamento. RJ: CPAD, 2010.
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29.
Pr. Natalino das Neves
www.natalinodasneves.blogspot.com.br
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