Jovens:SEGUIDORES DE CRISTO: Testemunhando numa sociedade em ruínas
COMENTARISTA: VALMIR NASCIMENTO
COMENTARISTA: PROF. FRANCISCO DE ASSIS BARBOSA
LIÇÃO Nº 1– RELEVANTES COMO O SAL, RESPLANDECENTES COMO A LUZ
...
INTRODUÇÃO
Jesus foi contundente ao dizer que os
seus discípulos eram o sal da terra e a luz do mundo (Mt 5.13-16).
Passados mais de dois mil anos após o Mestre proferir essa majestosa
declaração, a responsabilidade que dela se extrai continua a ecoar sobre
a vida dos seus seguidores. No decorrer deste trimestre, estudaremos a
respeito de vários temas que evocam a aplicação dessa alegoria. Vivendo
em tempos de caos, em meio a injustiças, desigualdades e conflitos, a
Igreja é chamada a fazer a diferença e a testemunhar, diante dos homens,
a relevância da fé cristã. Nesta primeira lição, aprenderemos acerca do
comissionamento que recebemos do Senhor para fazermos a diferença no
mundo, mesmo dentro de uma cultura decadente.[Comentário: Grande
parte do tema do Sermão do Monte pertence claramente ao campo da
teologia prática. O assunto principal não tem conotação transcendental,
por assim dizer, mas trata de questões referentes ao caráter e ao
comportamento de todo aquele que é discípulo de Cristo. Um novo estilo
de vida é delineado pelo Mestre no seu célebre Sermão. Uma forma de
viver que colide com os interesses materialistas, políticos, religiosos e
egoístas que nos são ensinados desde a mais tenra idade. O choque
gerado pela proposta de tal estilo de vida, não ficou no passado, pois
nos dias atuais ele é ainda maior, visto que não somos ensinados a ver
os valores do Reino de Deus como algo a ser acolhido, mas evitado. Em
tempos de superexposição, sobretudo através das redes sociais, a mania é
passar uma imagem irreal de si visando impressionar estranhos e
conhecidos. Um discurso que prega a discrição e a influência através do
exemplo sincero, não é apenas desafiador como, na ótica mundana,
retrógrado e fora do seu tempo. Não obstante, vamos aprender que é dessa
forma que o Mestre viveu e ensinou-nos a viver1. Ser sal da terra e luz
do mundo significa ter uma vida que glorifica a Deus e leva outras
pessoas a seguir Jesus. As boas obras podem ser muito pequenas mas têm
um efeito muito grande. Todo crente é chamado para ser sal da terra e
luz do mundo. Ao ensinar a vida e princípios do Reino, Jesus guia seus
discípulos a pensar, viver e orar para que seu Reino alcance todo o
planeta (Mt 6.10). Isso é visto claramente nos ensinos de suas parábolas
no capítulo 13 de Mateus. A missão de pregar em ‘todos os lugares’ que
‘o reino de Deus está chegando’ dada por Jesus aos discípulos também
reflete esse caráter expansivo do reino. Em nosso Texto de Ouro, o Rei
deu-nos a ‘Grande Comissão’, a incumbência máxima de ir a todas as
nações, ensinando e batizando a fim de integrá-las ao seu Reino.
Escatologicamente, Cristo afirma que o fim somente chegaria quando ‘este
evangelho do Reino’ fosse pregado ‘em todo o mundo’ (Mt 24.14). A
Igreja é responsável por essa ‘Missão Integral’ e deve proclamar o
evangelho mediante a pregação, bem como, de ações que se seguem a esta,
visando o bem do homem como um todo. Esse entendimento teremos ao fim
desta lição, compreendendo que a Missão Integral é uma ordenança divina.
Boa Aula!] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
1. Revista de Jovens 2° trimestre de 2017;Lição 2: Sal da Terra e Luz do Mundo; 09/04/2017. César Moisés Carvalho (CPAD)
I. COMISSIONADOS PARA TRANSFORMAR O MUNDO
1. A riqueza da metáfora. No contexto do
Sermão da Montanha, logo após falar sobre as beatitudes, Jesus declarou
que os seus discípulos são o “sal da terra” e a “luz do mundo” (Mt
5.13-16). Ensinador por excelência, o Mestre valeu-se de metáfora,
extraída das práticas comuns à vida, para transmitir um rico ensinamento
a respeito do testemunho cristão no ambiente social. A alegoria
empregada nos fala sobre um aspecto essencial da missão da Igreja na
Terra: a sua presença ativa e transformadora na sociedade.
[Comentário: Na condição de seguidores de Jesus, os discípulos perderam o
"prestígio" da sociedade religiosa de sua época (Jo 12.42,43), visto
que aderiram ao "movimento de um homem só", que não pretendia nada a não
ser a salvação das pessoas (Mt 18.11). Por isso mesmo, na condição de
"pobres de espírito", aflitos, mansos, injustiçados, misericordiosos,
puros, pacificadores, perseguidos e, como foi previsto, futuramente
caluniados e, conseqüentemente, presos, era preciso que eles entendessem
não apenas a felicidade verdadeira que tal situação proporcionava, mas
também o que agora lhes cabia (Mt 5.3-12). Nesse momento o Mestre não
diz para os discípulos "serem", mas afirma que eles "são" o sal da
Terra, ou seja, do planeta inteiro, o "sal de toda a Terra" (v.13)2.
Nossa vida deve ser como o sal. Boas ações têm grandes efeitos, por
menores que essas ações sejam. Jesus nos chamou para fazermos a
diferença no mundo, através das boas obras. Sem o amor de Jesus, que se
reflete em nossas ações, o mundo fica sem graça. A fé em Jesus sem boas
obras é inútil, porque não faz diferença nenhuma (Tiago 2:15-17). Da
mesma forma, nossas vidas devem iluminar todos à nossa volta. Não
podemos esconder o amor de Jesus. Não devemos apagar o Espírito (1
Tessalonicenses 5:19). Precisamos deixar que ela brilhe em tudo que
fazemos. A luz de Jesus em nossas vidas redunda em muitos louvores a
Deus.]
2. Revista de Jovens 2° trimestre de 2017;Lição 2: Sal da Terra e Luz do Mundo; 09/04/2017. César Moisés Carvalho (CPAD)